quarta-feira, 26 de março de 2014

O amor admite não apenas um par de opostos, mas três. Além da oposição entre amar - odiar, existe outra, amar – ser amado, e , ademais, se tomarmos o amor e o ódio em conjunto, podemos opô-los ao estado de indiferença. Freud (1915)
Amor X Ódio
Amor + Amor =Amar e ser amado
Amor + ódio = Vingança
Amor +  não amor =Indiferença
Quando o sentimento é maior do que a própria relação, ele transborda e o amor que escorre se transforma em angustia. A falta que se sente não é apenas a falta da pessoa amada e sim a soma de todas as faltas. (Queiroz-2012)

terça-feira, 25 de março de 2014

Paixão: Contínua relembrança daquilo que não é. Daquilo que faltou.  Da falta. (nostalgia). A paixão reproduz a experiência estética, através do Platônico, das formais ideais. É a infinitude do desejo do outro e aceita a incerteza. Sustenta o objeto para alem do quadro seguro da sua fantasia, está na fantasia sem a garantia do desejo do outro, e a fantasia está no interior da repetição.  Kierkegaard/Lacan.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A RAIVA E O NARCISISMO


Elizabeth  Queiroz

Psicanalista: SBPH/ 2009/SP.    Psicóloga; CRP: 06/116408.
Psicoterapias.integradas@gmail.com – 11 32052936 – 99772 6039.

Nesse artigo pretendo abordar a relação do “Narcisismo” com o sentimento de “Raiva”. O próprio Freud considerava uma das suas mais importantes descobertas a “neurose narcísica”, tão importante quanto as psicoses. Em seu interesse pela esquizofrenia, Freud se perguntava o que acontecia à libido, que era retirada dos objetos na esquizofrenia?  Quando retirada dos objetos externos  a libido é dirigida para o ego, provocando  o narcisismo.
O estado original do homem na primeira infância, é o narcisismo, chamado também de narcisismo primário ou auto-erotismo, quando ainda não há qualquer ligação com o mundo externo. Porem, em muitos casos, essa evolução normal da libido pode não acontecer, provocando psicopatologias. O indivíduo retira essa ligação libidinosa  dos objetos e a libido retorna então para seu próprio ego, chamado também de narcisismo secundário. Ou seja, a libido é retirada dos seus investimentos objetais.
A psicose, por exemplo, é um estado de narcisismo absoluto, no qual a pessoa rompeu toda a ligação com a realidade externa e tornou-se ela própria o substituto da realidade.
Mas como se desenvolve o narcisismo ?  O feto no útero ainda vive em estado de narcisismo absoluto, leva algum tempo para a o bebê perceber o mundo externo. Conforme se dá o crescimento normal da criança acontece o declínio desse narcisismo e onipotência, nascendo assim o amor objetal (por outra pessoa, mãe, pai, etc.) Porém, segundo Freud, um ser humano, sempre permanece até certo ponto narcisista, mesmo após ter encontrado objetos externos que satisfação sua libido. A pessoa esquizofrênica, está numa situação muito parecida com a do bebê, onde o mundo exterior ainda não surgiu como real.
Existe uma linha muito tênue, entre a saúde e a insanidade nesse caso. Segundo Freud, homens que possuem uma dose de narcisismo positivo, alcançam graus extraordinários de poder, se sentem Deuses, mas quanto mais tentam ser Deus, mais se isolam da humanidade. Vamos observar,  por exemplo, um homem que se apaixona por uma mulher que não lhe corresponde. Primeiramente ele estará propenso a não acreditar que a mulher não o ama e pensa: Se eu a amo é impossível que ela não me ame! A pessoa narcísica não pode perceber a realidade dentro da outra pessoa como algo diferente dela própria.
Como podemos identificar a pessoa narcísica? Geralmente ela se mostra satisfeita consigo mesma, habitualmente não ouve o que os outros dizem e nem está interessada, é muito sensível com relação às críticas, reage com raiva e está muito propenso à depressão. A pessoa narcisista faz da sua auto imagem, o objeto de sua vinculação narcisista. (vide a lenda da mitologia grega)
O homem apaixonado por uma mulher, por exemplo, pode transferir seu narcisismo para ela, desde que ela tenha se tornado dele, ele a admira e a adora por qualidades que ele mesmo lhe conferiu, exatamente por ser parte dele. O narcisismo é uma paixão, cuja intensidade só pode ser comparada ao desejo sexual e ao desejo de ficar vivo. Entretanto a natureza tinha que dotar o homem com o narcisismo para habilita-lo à sobrevivência. No homem o aparelho instintivo perdeu sua eficácia, então o narcisismo preencheu essa importante função biológica .
Porem o narcisismo extremado não torna o homem indiferente aos demais, não torna o homem apenas  não social. O narcisismo individual extremado está em conflito com o princípio de sobrevivência, pois o indivíduo só pode sobreviver se conseguir se organizar em grupo. Chegamos então a um resultado paradoxal, o narcisismo ser necessário à sobrevivência e ao mesmo tempo uma ameaça.
Um elemento patológico ainda mais perigoso do narcisismo é a reação emocional à critica, o narcisista reage com raiva intensa ao ser criticado. Porem há uma alternativa para a raiva explosiva como conseqüência do narcisismo ferido, é a depressão. Freud ligou essa raiva e agressividade à pulsão de morte.
A raiva geralmente proporciona uma sensação muito boa, nos preenche enquanto a depressão nos esvazia, a conversão de sentimentos tristes em sentimentos irado é um alívio para o desespero. A raiva dá uma sensação poderosa, é mais forte e masculina, enquanto a depressão é chorosa e feminina, não combina com o ser narcisista. A raiva é ativa, a depressão passiva. O adulto que estoura, perde o controle emocional, geralmente é resultante do narcisismo, (neném quer estar em primeiro lugar, neném quer ser o centro das atenções, retorno as fases narcísicas), só adquire identidade por uma inflação do ego.
 É devido a essa pessoa narcisista temer a depressão, pois é uma ofensa ao seu narcisismo, que desesperadamente procura evitar tais ameaças. A intensidade do narcisismo aumenta para deter a ameaça, a pessoa tenta se curar da depressão ameaçadora, ficando assim mais doente, até ao ponto da psicose.
Discutindo a patologia do narcisismo encontramos duas formas, uma benigna e outra maligna. Na forma benigna o narcisismo é o resultado do esforço da pessoa, principalmente em sua profissão ou trabalho, onde consegue reconhecimento e pode dar vazão as suas melhores qualidades e habilidades. O trabalho é narcisista, porem o próprio trabalho o faz relacionar-se com a realidade, refreia o narcisismo e o mantém dentro dos limites. No caso do narcisismo maligno, o objeto não é nada que a pessoa faz, mas sim algo que possui materialmente (corpo, aparência, riqueza, etc.) ele pensa que ao manter sua imagem social  grande, onipotente e invencível, irá se afastar cada vez mais da sua realidade insatisfatória,  aumenta sua carga narcísica afim de proteger-se contra os perigos do ego narcisisticamente inflado, e que pode ser revelado como produto da sua imaginação vazia ou sua pequenez.
O narcisismo conflitará a razão com o amor. Freud menciona que em todo amor há um forte elemento narcisista; que um homem amando uma mulher, torna-a objeto de seu próprio narcisismo. Nesse caso ambas as pessoas conservam seu narcisismo, não tem interesse real e sincero uma  na outra. Para o narcisista, o parceiro nunca é uma pessoa por si própria, só existe como sombra do ego inflado dele próprio.  Isso é notório nos casos extremos de crimes passionais seguidos de suicídio. A pessoa ao matar o objeto de sua projeção narcísica se torna insuportavelmente vazio, então perde-se a razão da sua existência.
O amor não patológico pelo contrário, não se baseia no narcisismo mutuo, pois pode abri-se e fundir-se uma na outra, para sentir amor é preciso sentir a separação, ou seja, deixa-la coexistir independente do ego narcisista do parceiro. O antigo testamento diz; ama teu próximo como a ti mesmo. Eis aí a exigência de vencer o próprio narcisismo, até o ponto onde o próximo torna-se tão importante quanto a própria pessoa. (Queiroz, Elizabeth - 2014).

Referências Bibliográficas
Freud, Sigmund:  O eu e o isso. Obras Completas.  Rio de Janeiro.  Imago Editora. 2001.
Fromm, Erich :  O coração do homem. Rio de Janeiro, Jorge Zaha; 1982.
Laplanche e Pontalis: Vocabulário de Psicanálise. São Paulo, Martins Fontes; 2001
Kaufman, Pierre: Dicionário Enciclopédico de Psicanálise. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. 1996.


sexta-feira, 12 de julho de 2013


Diferença entre Passagem ao Ato e Acting Out. Segundo Freud e Lacan.

Elizabeth Queiroz- Psicologia e Psicanálise – 99772 6039 – 3205 2936.

Passagem ao Ato:  Utilizado para designar certas formas impulsivas do agir (Agierem – Freud). O termo passagem ao ato, serve, para sublinhar a violência de diversas condutas que curto-circuitam a vida mental e precipitam o sujeito numa ação. Agressão, suicídio, comportamento perverso, delitos, etc.

Seu emprego muitas vezes é pejorativo, não tem portanto especificidade psicanalítica, mesmo assim Lacan tentou delimita-lo identificando à uma saída de cena em que numa defenestração, ou num salto no vazio, o sujeito se reduz a um objeto excluído ou rejeitado. Isso não impede que aja uma atuação do desejo do outro. Nesse caso porem  o ato não seria “aquilo que quer dizer”e corresponderia a uma ruptura do quadro da fantasia e a uma expulsão do sujeito.

Lacan- Seminário 10 – Freud “Recordar, Repetir, Elaborar”. (Kaufmann-1993)

Acting out:  Quando um sujeito não consegue se lembrar de um elemento recalcado, ele age por vezes sem saber o que está retornando na forma de ação.

Em Recordar, Repetir e Elaborar, Freud (1914), nomeia essa situação usando o termo Agierem, que foi traduzido em inglês para Acting Out, expressão que sublinha sua expressão de jogo teatral. Foi nessa ocasião que Freud  introduziu a compulsão de repetição e associou a transferência, na medida em que esta seria repetição em atos do passado que não se pode rememorar. Quer ocorra dentro de uma sessão de análise ou fora dela, um acting out, reproduz um clichê ou roteiro inconsciente e possui uma dimensão transferencial. Em seu seminário L’Angoisse – 1963, Lacan fala a seu respeito como uma transferência selvagem.  E insiste sobre a importância atual do que vem então a se mostrar no palco.

E de fato , na analise, um acting out pode constituir um apelo, um desafio, uma réplica, que testam uma incapacidade do dizer correspondendo  uma intervenção no real ou significando o que a interpretação deixou de considerar, representa pois uma verdade não reconhecida  e se situa na fronteira entre a vida real e a cena da ficção; é por isso que perturba o jogo, mas torna também a análise possível quando encontra acesso à representação e cede lugar à fala. (Kaufmann-1993)

Acting Out ;Termo usado em psicanálise para designar as ações que apresentam quase sempre, um caráter impulsivo, relativamente em ruptura com os sistemas de motivação habituais do sujeito, relativamente isolável no decurso das suas atividades, e que toma muitas vezes uma  forma de

Auto ou hetero-agressiva. Para o psicanalista, o aparecimento do acting out é a marca da emergência  do recalcado. Quando aparece no decorrer de uma analise (durante a sessão ou fora dela),  o acting out tem de ser compreendido na sua conexão com a transferência, e frequentemente como uma tentativa de  para ignora-la radicalmente.  Laplanche e Pontais – 1993.

 Bibliografia

- Laplanche e Pontais – Vocabulário de Psicanálise, Editora Martins Fontes – SP- 1982.

- Kaufmann P. – Dicionário Enciclopédico de Psicanálise. O legado de Freud a Lacan. Jorge Zahar Editor. RJ – 1993.


       Podemos então concluir que a violência que institui o sujeito moderno no investimento narcísico do ego, no egocentrismo e no materialismo, destitui o sujeito de sua essência e subjetividade, promovendo homogeneização e criando ambivalência e individualismo. Nos tornamos então sujeitos defensivos e sobreviventes, apesar da violência instituída como construção civilizatória.  Mas a homogeneização não é apenas privilegio dos sobreviventes, estamos atrelados a um modus operandi, que propicia maior arrocho da subjetividade humana, dos direitos humanos e da liberdade de “Ser”, e somos violentados de todas as formas; política, cultural e social nesse contemporâneo.

       Mas quem pode deter a violência instituída como civilização ?

        A antropologia investiga o homem como um ser genérico e suas produções culturais e simbólicas, e legitíma suas dúvidas. Após Kant, a humanidade anseia pelo homem total. Kant, em seu empirismo crítico, fenomenológico, reconhecia na natureza uma ordem de coerência e com certeza deve estar se revirando em seu túmulo, ao perceber para onde caminhou a humanidade em toda sua racionalidade cartesiana. Kant, postulava sobre uma ordem da natureza, uma ordem coerente, de uma natureza que jamais seria conhecida em si mesma como ela é, e sim como um fenômeno. O conhecimento só pôde vir através de suas manifestações, como causa e efeito. Reconhece ainda que o homem não é só “razão pura”, mas também “prática da cultura”. Sua consciência moral, é uma realidade em que a razão, atua sobre a ação e distingue duas formas de saber: O “Conhecimento Empírico”, que fala das percepções dos sentidos, posteriores à experiência. E o “Conhecimento Puro”, aquele que não depende dos sentidos, independente da experiência, ou seja, a priori, universal, e necessário. O conhecimento verdadeiro só é possível pela conjunção entre matéria, proveniente dos sentidos, e forma, que são as categorias do entendimento. (Freire I.R.1997. p. 65-66)

       Agora é chegada a hora de recriar as Antinomias (conflitos de leis), sem demonstrações axiomáticas (verdadeiras), e talvez recriar o “Real”, abandonar o terreno metafísico, biotecnológico e renovando a experiência do sujeito subjetivo. Ressuscitar a “Disciplina Aporética” (cética) e desmascarar a auto-suficiência do saber científico,  da violência constituinte e do narcisismo, talvez proporcione à humanidade uma nova concepção de mundo  e recoloque o homem novamente no centro  do sistema globalizado, com uma nova visão e compreensão, criando a possibilidade de observação da ordem cósmica, no sentido laico, desinstalando o caos e transformando-se em “homem total”, sem angustia, sem homogeneização,  eidético (forma ideal das coisas), cósmico e  essencial. Despojando-se assim de seu narcisismo e onipotência ilusória.  

                                           Elizabeth Queiroz

Violência Estruturante do Indivíduo.

                                     Elizabeth Queiroz.  Psicologia e Psicanálise

Fones: 011 3205 2936 – 997726039.

               A violência é contagiosa? É produzida por uma ideologia?

Na violência desaparece o “objeto”, quando as pessoas brigam sobra apenas a violência. (Erich Fromm-1947).

       Freud (1929), em seu artigo “Totem e Tabu” ao descrever os grupos primitivos, as brigas entre os bandos onde geralmente sobra apenas um vencedor, onde o criminoso é aquele que iniciou a disputa e que ganha como recompensa, vitória e liderança do bando. Os outros então agrupam-se em torno dele que passa a ser a causa da paz, e é aí onde o algoz vira líder e herói, porque matou o chefe, o “Pai da Horda”, e toma o lugar desse  pai, fundando o seu lugar no bando, é o chamado parricídio, o assassinato fundante do pai.

       Falando da violência e das questões relativas a seu conceito e natureza, Costa (1986), aponta uma duplicidade de aspectos a “Intensidade” e “Lesividade”, encontrada na violência explícita.  O que confere o caráter da violência a um trauma, não é a apenas a intensidade da excitação, mais o que é associado a essa ação, a intensidade coercitiva da força é a causa da experiência psíquica de quem sofreu a ação, do uso arbitrário da força e do poder. Como diria Freud (1915); “Violência como experiência inaugural da vida psíquica, do psiquismo infantil e associada à pulsão de morte, associada à agressividade instintiva”.

       A violência nasce da agressividade e que só pode ser evitada através de uma instância superior, a “Lei”, que substitui a violência do individuo, pela violência da comunidade, o poder e a lei do pai, dos governos, do Estado, numa visão macro e social, mantidos pela violência e pelo consenso da culpa, culpa do parricídio, do assassinato fundante, pelo amor ao líder ou ideal do ego. Porem a violência também se articula no contexto da paz e do pacifismo, e que segundo Freud, a civilização provoca fortalecimento do intelecto e a internalização dos impulsos agressivos, chamado por Jurandir Freire Costa como, “pacifismo orgânico”. É o instinto agressivo domesticável X instinto agressivo indomesticável e a violência indomável X violência colocada a serviço da lei. Não existe instinto de violência, segundo Freud, o que existe é um instinto agressivo que pode coexistir perfeitamente com a possibilidade do homem desejar a paz e com possibilidade do homem empregar a violência. (Costa 1992).

        A violência está na nossa estrutura social, nossas instituições nascem na violência e sobrevivem na manutenção da violência disfarçada e silenciosa (trafico de drogas, de órgãos humanos, de mulheres, de crianças, de influência, de corrupção, de política etc.). Os impostos, as instituições bancárias, as formas de imposições dos sistemas capitalistas, a pobreza, a má distribuição de renda, não violentam a humanidade do homem?

       Martins (1979), comenta que, em função do nosso desenvolvimento político e social, difundiu-se no país, ao lado de uma prática repressiva, uma cultura autoritária, que veio preencher o lugar do discurso autoritário do totalitarismo dos anos 30, e que se manifestou através de uma censura à liberdade de expressão, à violência, à burocracia, o monopólio e o pessimismo quanto ao destino da sociedade. Visualizamos então uma super exploração econômica em nome de uma ideologia neoliberal, subtraindo o sujeito da sua própria história. E para poder recuperar a condição de sujeito que lhe foi sequestrada, as pessoas precisaram assumir uma ideologia subjetivista e narcísica, adotando modismos, perdendo a individualidade, aumentando o consumo, e trocando o “ser”, pelo “ter”. A suposta solução encontrada, seria um novo modo de alienação, e da criação de uma linguagem desprovida de conteúdo, um discurso vazio, que na verdade apenas reforça a cultura autoritária. E trocando o Eu, pelo Ideal do Eu, por aquilo que gostariam de ser, e também de possuir o outro (objeto) e possuir o que o outro possui, ser o outro duplo narcísico, a igualdade perante o objeto, explicada pela noção de ideologia subjetivista de consumo. 

       O termo “Outro” em latim quer dizer “alienus” (alienígena, estranho), Marx, também se utilizou do conceito de alienação, separou o trabalhador de seus meios de produção e o conceituou como fenômeno ideativo, pelo quais os homens criam e produzem alguma coisa e com o tempo, sem perceberem, acabaram conferindo independência à ”coisa criada”, dando a ela status de “ser autônomo” e “auto suficiente” à sua própria criatura, é o liberalismo capitalista que transformou a filosofia, em “filosofia do estado”, e assim alienado. O homem só pode recuperar sua condição humana, através da crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social. (Castilho e Costa -1987)